Em Berlim, ativistas protestam contra os subsídios alemães para a indústria automobilística que produzirá carros mais poluentes. (©Paul Langrock/Zenit/Greenpeace)


  O rebaixamento dos novos padrões de eficiência para veículos pela Comissão Europeia foi alvo de críticas do Greenpeace. A Comissão estipulou o valor de 95 gramas de CO2/km – cerca de 3,7 litros de combustível por 100 km – como a média ideal que deve ser alcançada até 2020 para automóveis europeus.
No entanto, uma brecha na legislação que poria em cheque a meta global foi sugerida pelo lobby das empresas de automóveis. Ao invés de calcular as emissões somando o que todos os carros produzem e dividindo pela quantidade total de veículos, as montadoras querem a permissão para compensar as emissões de carros mais poluentes com uma quantidade menor de carros que emitem menos.
Se tal proposta virar lei, as montadoras de carros venderão carros mais poluentes resultando em emissões acima da meta de 95g CO2/km, afirma Franziska Achterberg, diretora de políticas de transporte do Greenpeace União Europeia.
Os padrões de eficiência propostos trariam muitos benefícios, tanto para motoristas quanto para o clima mundial porque com uma maior rigidez a necessidade que a Europa tem de importar petróleo diminui e, consequentemente, os gastos dos motoristas também. O Greenpeace pede ao Parlamento Europeu e aos governos europeus que reduzam as metas para 80g de CO2/km até 2020.