Mozarildo diz que combustível consumido em Roraima é contrabandeado
O combustível da Petrobras é entregue em Manaus, no Amazonas, e transportado por 974 quilômetros de estrada até a capital de Roraima. Mozarildo explicou que enquanto a gasolina é vendida a R$ 2,85 em Boa Vista, o preço na Venezuela é R$ 0,53. Além disso, o valor normal cobrado fora dos postos específicos para brasileiros é R$ 0,75, "portanto, não chega a ser nem um centavo", disse o senador.
– O que acontece na prática é que todo o combustível consumido em Roraima é contrabadeado – afirmou o parlamentar ao esclarecer que as comunidades indígenas ao longo da BR-174, de Boa Vista até a fronteira com a Venezuela, servem de "depósito" do produto. Ele ainda acrescentou que é comum a Polícia Federal fazer a apreensão de gasolina contrabadeada nos postos.
Resposta
Segundo o senador, em resposta à sua solicitação, a Petrobras disse desconhecer casos de desabastecimento no estado, acrescentando que a explicação sobre a diferença dos valores praticados nos dois países decorre das políticas energéticas utilizadas. O Brasil obedece a lógica da formação de preços de bens transnacionais em uma economia aberta, por isso quase dois terços do preço da venda de gasolina tipo C ao consumidor são formados por parcelas sobre as quais a Petrobras não tem qualquer ingerência. Já o governo venezuelano subsidia e controla fortemente a estatal Petróleos de Venezuela S.A (PDVSA).
Para Mozarildo, são "entraves burocráticos" que podem ser contornados em favor dos moradores da região. Ele ressaltou que cobra providências para amenizar o problema desde 1999.
– Inacreditável que nosso país não encontre formas de compensar pessoas que moram nesses grotões; que nós paguemos tão caro, dentre outras coisas, até pelo combustível – concluiu.
Agência Senado
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