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Onça-preta do Zoológico faz tomografia e passa bem

oncaUma onça-preta fêmea de 12 anos de idade, que vive no Zoológico do Parque Dois Irmãos desde 2009, passou por tomografia computadorizada por volta das 6h30 da manhã desta quarta-feira (24), em um centro de diagnóstico do Recife. Resultado de parceria entre o Parque e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), o exame _ realizado atualmente apenas em dois estados do Nordeste (BA e PE) _ confirmou a existência de um tumor na cavidade nasal do felino. O diagnóstico definitivo sobre o tipo de lesão deverá sair na sexta-feira (26).

“A tomografia foi realizada no corpo inteiro do animal e proporcionou um estudo detalhado sobre a extensão da lesão, que felizmente está limitada às vias respiratórias superiores, o que descarta a existência metástase”, informou o médico veterinário Dênisson Souza, responsável pelo setor de felinos do Parque Dois Irmãos.

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O professor Fabiano Sellos, da área de Diagnóstico por Imagem da UFRPE, foi convidado pela equipe técnica do Parque para coordenar o procedimento médico na clínica, que tem convênio com a Universidade Rural. “Este tipo de exame é o que existe de melhor no Brasil em matéria de diagnósticos por imagem em animais”, garantiu Sellos.

Segundo o veterinário Daniel Siqueira, que coordena o programa de Medicina Veterinária Preventiva do Zoológico, a realização da tomografia neste momento vai possibilitar um tratamento adequado numa fase inicial da doença, o que aumenta as chances de sobrevida do animal. Vale lembrar que a onça-preta é uma espécie nativa da fauna brasileira, e é ameaçada de extinção.

O animal do Zoo, que vive com o seu filhote, de dois anos e meio de idade, já é considerado idoso, mas não chegou a apresentar qualquer sinal clínico de doença, estando em boas condições de saúde e com comportamento normal. “Suspeitamos que poderia haver algum problema pois encontramos um tecido de superfície irregular e coloração esbranquiçada no recinto onde os animais vivem, que poderia ter sido expelido por um deles”, conta Dênisson Souza. “A partir daí resolvemos fazer os exames na mãe, por ser mais idosa, para confirmar se havia, de fato, uma lesão, bem como sua localização e extensão.”

onca3Todo o procedimento de manejo e transporte de ida e volta da onça-preta (a clínica localiza-se no bairro de Casa Forte, próximo ao Zoo) aconteceu entre 5h20 e 7h40, tendo mobilizado três veterinários, um biólogo, quatro tratadores e dois motoristas do Parque Dois Irmãos, que tiveram o apoio da CTTU. “Precisávamos garantir a segurança de todos os envolvidos durante os trajetos, incluindo a população do Recife, uma vez que se trata de um animal selvagem. Por isso também que o horário escolhido foi bem cedo, para evitar o trânsito e a movimentação de pessoas na clínica”, finalizou o veterinário Daniel Siqueira.

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