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Aline toca flauta, joga futsal e é uma fera no taekwondo


Versátil, persistente, múltipla. São algumas palavras que podem ajudar a definir Aline Ferreira da Silva, medalha de bronze no taekwondo, categoria médio, nas Olimpíadas Escolares, em Cuiabá. Ela jogou futsal há até bem pouco tempo, quando a equipe foi terceira colocada nos Jogos Escolares de Pernambuco pela Escola Estadual de Paulista, ou melhor, “Escola de Dona Nevinha”, registra com carinho, lembrando da homenagem que a comunidade faz à diretora do colégio.
          Para chegar ao bronze, ela enfrentou o duro caminho da repescagem, pois após ter vencido duas lutas foi derrotada pela paranaense Bruna Cerqueira, do Paraná, que conquistou o ouro. “Mas avisei a ela. Vou treinar mais para descontar”, comentou, sorridente, neste início de tarde no saguão do Mato Grosso Palace, quando já cuidava da preparação para voltar ao Recife no início da madrugada desta quarta-feira.
          Aline diz que o taekwondo entrou na sua vida desde cedo. Estava com cerca de 7 anos de idade quando viu o tio Val praticando a modalidade no Ibura. “Mesmo pirralha, eu me metia no meio e disse à minha mãe que queria lutar, mas ela não deixou, temendo que eu me machucasse”, relembrou. Ela diz que esqueceu as lutas por um tempo, foi jogar futsal, continuou estudando. Nesse meio termo, também apaixonou-se pela flauta. É aluna do Conservatório Pernambucano.
A versatilidade a deixa em dúvida. Não sabe se faz vestibular para Música ou Educação Física. “Gosto das duas coisas.”
A volta para o taekwondo ocorreu quase que por acaso. “Uma amiga, Émily, estava treinando e perguntou se eu não queria ir também. Isso foi em 2010, desta vez já fui à minha mãe e disse que estava praticando taekwondo, não pedi nem autorização. Colou.”
A persistência de Aline vem das dificuldades que enfrentou até conquistar a medalha de bronze. Do início de 2011 até agosto deste ano, treinou numa academia quase que improvisada em Paulista, pois a academia foi obrigada a sair do antigo centro na Vila Torres Galvão. “Ficamos quase um ano treinando numa rua do Morro do Bigode, um lugar com piso de cimento queimado e muitos buracos”, afirmou.
Para manter o ânimo, ela diz que sempre contou com o apoio dos dois professores, Eduardo Costa e Eliel Azevedo. “Eles são muito exigentes e motivadores, treinamos seis vezes por semana e no domingo ainda tem uma corridinha do terminal integrado de Paulista até a PE-15.”
Aline recorda que por pouco não deixou de competir. A academia só se filiou à Federação Pernambucana uma semana antes da etapa classificatória. Ao conquistar a vaga surgiu outra dificuldade. Passou a enfrentar contusões nos joelhos e tornozelo. O diagnóstico médico apontou água num dos joelhos e tendinite. Ela fez  tratamento, poupou-se algumas semanas antes, deixando de treinar, mas recuperou-se a tempo para embarcar. No dia da competição amanheceu com a garganta inflamada. Ficou apreensiva. Ligou para a mãe, Evânia, que é comerciante em Paulista. “Pedi a ela que rezasse muito para eu ficar boa e lutar bem. Deu certo, graças a Deus.”

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