Banco Mundial revê estimativa de crescimento da economia brasileira
Brasília - O Banco Mundial reduziu a expectativa de crescimento da
economia brasileira em 2013, de 4,2% para 3,4%. A estimativa anunciada
ontem (15), em Washington, está no documento Perspectivas Econômicas Mundias.
De acordo com o banco, quatro anos após o início da crise financeira
mundial, a economia global continua frágil e o crescimento em países
considerados desenvolvidos é fraco.
Os países em desenvolvimento precisam, entre outras coisas, se
concentrar no crescimento de sua próprias economias. Para os técnicos do
Banco Mundial, os emergentes devem proteger o crescimento e fortalecer
as reservas internacionais, pois o caminho da recuperação será
"espinhoso". Entre os riscos associados, o documento cita os problemas
na zona do euro e as políticas fiscais adotadas nos Estados Unidos.
A estimativa para o crescimento brasileiro é melhor do que previsão do
mercado financeiro divulgada pelo Banco Central. Analistas e
investidores estimam crescimento de 3,2% em 2013. O Banco Mundial prevê
3,4%.
Para 2014, a estimativa dos técnicos do Banco Mundial é de um
crescimento de 4,1% para a economia brasileira ante os 3,9% previstos
anteriormente. É resultado melhor do que o mercado financeiro estima
(3,6%).
Segundo os relatório, o crescimento no Brasil deve se acelerar
“impulsionado por políticas de estímulo monetário e fiscal cujos efeitos
ainda não foram totalmente sentidos”.
O relatório destaca o impacto da redução do crédito sobre o crescimento
econômico brasileiro em ambiente considerado de comércio um pouco menos
favorável. Para o Banco Mundial, as pressões inflacionárias poderão ser
contrapostas com os cortes nas tarifas de eletricidade e com o próprio
crescimento um pouco abaixo do potencial.
Os técnicos entendem que o ambiente externo fraco e a redução na
demanda doméstica foram responsáveis pelo crescimento fraco da América
Latina, de 3% no ano passado e a previsão, em 2013, é de 3,5%. O ritmo
lento de crescimento pode ser observado para além da América Latina,
pois países em desenvolvimento também registraram as piores taxas de
crescimento da última década.
*Com informações da BBC Brasil
DEIXE O SEU COMENTÁRIO