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Prefeitura de Ipojuca fecha as portas

Se os problemas nas transições políticas se multiplicam nas prefeituras Brasil afora, o caso de Ipojuca, cidade que se tornou dona do segundo maior PIB de Pernambuco (R$ 9,1 bilhões), impressiona. Rodeada por um cenário de completa desordem urbana, a sede do poder municipal iniciou 2013 de portas fechadas ao público. A decisão partiu do prefeito recém-empossado, Carlos Santana (PSDB), que fixou um período de reclusão interna para que seu secretariado tome pé de informações essenciais à manutenção de serviços básicos da cidade. Dados que, espremidos na rivalidade política local, não foram repassados, segundo ele, por seu antecessor e adversário histórico, Pedro Serafim (PDT).
“Estamos assumindo a prefeitura no escuro. Os dados foram apagados dos computadores. Tentamos entrar em contato com antigos secretários e nenhum deu retorno, com exceção do secretário de Segurança. A situação aqui é de completo caos, o que é inadmissível para um município como Ipojuca. Estamos começando do zero”, declarou Santana, que assumiu o comando da cidade pela quarta vez. Sem o tradicional período de transição, o novo gestor não sabia dizer, ao certo, questões básicas como a receita do município, dívida e folha de pagamento.
É devido ao “vácuo administrativo” que os serviços de atendimento à população realizados dentro da própria Prefeitura – pagamento de IPTU, concessão de alvarás, recolhimento de ICMS – só serão retomados na segunda (7). “Não tinha como abrir as portas nessas condições”, justificou. No prédio vazio, sem o corriqueiro vaivém de cidadãos, os novos secretários ainda tentavam, ontem, desvendar as estruturas das próprias pastas e descobrir suas instalações. Na Secretaria de Educação algumas salas estavam trancadas e, para ter acesso, será preciso chamar um chaveiro.
Uma das preocupações do prefeito é o número excessivo de imóveis locados ou relocados pela Prefeitura. “Descobrimos que a Secretaria de Saúde tinha, simplesmente, 13 sedes”, contou. Também está na mira o alto quantitativo de funcionários temporários ou terceirizados dentro da estrutura municipal. Segundo um balanço extraoficial, a quantidade ultrapassa a soma de servidores efetivos e comissionados. “Vamos rever todos os contratos temporários e terceirizados. Sabemos que, no total, existem cerca 6.500 funcionários. Reduziremos esse número em, pelo menos, 50%”, prometeu.
Programas executados pela gestão anterior que estão sob investigação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) também serão revistos. Entre eles, o contrato de transporte escolar, e os programas “Xô Dengue” e “Dentista em Casa”. Estes dois últimos eram tocados pela Secretaria de Saúde, mas tinham à frente a Companhia de Relações Públicas de Pernambuco.
Na tentativa de acelerar os passos da gestão, o prefeito planeja enviar, hoje, o projeto de reforma administrativa à Câmara. Numa equipe que classifica como “técnica”, constam ex-quadros do governo do Estado ou de outras administrações municipais. Além da esposa do deputado Cadoca (PSC), Berenice Lima (Desenvolvimento Econômico), assumem também Virgínia Pimentel (Procuradoria-Geral), ex-secretária de Assuntos Jurídicos do Recife, e Margareth Zapone (Educação), que trabalhou na mesma área do Executivo estadual. “Toda essa situação atrapalha o início de governo. Mas vamos correr nesses primeiros cem dias”, afirmou Carlos Santana. O JC tentou entrar em contato com o ex-prefeito Pedro Serafim, mas ele não atendeu nem retornou às ligações.


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A prefeitura de Ipojuca suspendeu os serviços atendimento ao público até segunda-feira (7)
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