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Vazamento das blitze põe operação em xeque

Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco
Programação de locais onde deveriam ser montadas as blitze no último domingo foi alterada após vazamento
O vazamento pela internet da escala de trabalho da Operação Lei Seca (OLS) no Recife, divulgado pelo Sindicato dos Servidores do Detran (Sindetran-PE), no último domingo, pôs em xeque a confiabilidade do armazenamento de informações, consideradas sigilosas, sobre as ações que são realizadas no intuito de coibir a circulação dos infratores de trânsito alcoolizados em Pernambuco.
Duas investigações, sendo uma do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PE) e outra da Secretaria Estadual de Saúde (SES) - órgão que coordena a operação -, já foram iniciadas, ontem, com o objetivo de identificar o responsável pela publicação. Apesar do vazamento evidenciar um possível princípio de crise na organização da Lei Seca no Estado, o coordenador da OLS na SES, João Veiga, minimizou a divulgação do documento, a qual classificou como algo de conhecimento de todos. “Não é segredo de estado. É uma fiscalização sistemática, permanente”.
No entanto, uma nota enviada pela própria Secretaria de Saúde deixa claro que o conhecimento da escala das blitze não seria algo tão admissível de acontecer. No comunicado, o órgão explica que os horários e locais dos bloqueios só são repassados apenas às equipes de trabalho, formada por 13 pessoas em cada blitz. Compõem os grupos agentes de saúde, do Detran e da Polícia Militar. Um oficial desta última corporação, inclusive, é o encarregado por cada equipe e o responsável pela elaboração da escala. Além do cuidado na divulgação das escalas, a Operação Lei Seca mantém, periodicamente, um monitoramento nas redes sociais e programas de celular, a exemplo do “Waze”, aplicativo colaborativo em que usuários costumam informar onde estão acontecendo blitz, entre outras ferramentas. Ainda na nota, a SES diz acreditar que a fiscalização na internet torna impossível a previsão dos locais de bloqueio a partir de uma escala inicial.

Devido ao vazamento das informações, um novo planejamento precisou ser colocado em prática, na noite do último domingo. Para o coordenador da OLS, João Veiga, a alteração de última hora na escala, no entanto, não causou prejuízos à operação. “A Lei Seca não tem a intenção de montar uma emboscada para o motorista. O programa pretende educar e mudar o comportamento das pessoas para que mais vidas sejam salvas”, justificou. O gestor cita que os locais das blitze já são de conhecimento de muitos motoristas. “Temos pontos fixos onde funciona a operação, como os da Ponte d’Uchoa e Agamenon Magalhães”.

Sobre a denúncia do Sindetran- PE de uma suposta facilitação às autoridades do governo nas abordagens, João Veiga enfatizou que não há distinção entre os motoristas. “Já paramos deputados, policiais, secretários de estado, tudo dentro da legalidade. Semana passada, por exemplo, tivemos três casos de oficiais bêbados que foram presos por estarem dirigindo sob o efeito de álcool”, declarou o coordenador, acrescentando que a Lei Seca é montada em torno de um planejamento que inibe a famosa “carteirada”.

Fonte: Folha PE

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