Patriota elogia Brics e cobra soluções para resolver dívidas de países da zona do euro
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota,
alertou hoje (10) que os impactos da crise econômica internacional
atingem os países em desenvolvimento devido à adoção de medidas
específicas por parte das nações ricas, principalmente as que estão na
zona do euro (que reúne 17 países). Patriota reclamou da falta de
solução clara para a questão da dívida soberana e as medidas de expansão
monetária.
“Permanecem significativos os riscos de deterioração do ambiente
econômico internacional, sobretudo, devido à falta de solução clara para
a questão das dívidas soberanas dos países da zona do euro. Medidas de
expansão monetária continuam a ser implementadas por países
desenvolvidos, gerando efeitos negativos sobre os mercados cambiais”,
disse o chanceler.
Patriota discursou durante o seminário Os Brics e o Sistema de Solução
de Controvérsias da OMC (Organização Mundial do Comércio), no Itamaraty.
Ele ressaltou que o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do
Sul) reúne atualmente 40% da população mundial, com mais de 100 milhões
de habitantes, e Produto Interno Bruto (PIB) superior a US$ 1 trilhão.
“Falar do Brics é falar em superlativos”, destacou Patriota, lembrando
que segundo estimativas do Banco de Investimentos Goldman Sachs, o PIB
do Brics deve ultrapassar o chamado G7 (Estados Unidos, Japão, Alemanha,
Reino Unido, França, Itália, Canadá e Rússia).
O chanceler ressaltou que juntos os países do Brics somam 365 disputas
comerciais em negociações internacionais. Segundo Patriota, os países do
bloco “não têm sido tímidos na utilização do mecanismo de solução de
controvérsias da OMC”.
Edição: Talita Cavalcante
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