Serviço de antena interna para telefonia móvel deve ser oferecido a partir de abril
Brasília - A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) realizou
hoje (16) audiência pública para debater a proposta de norma para uso de
fentocélulas em redes de telefonia celular ou corporativa (via rádio).
Esses equipamentos funcionam como extensão das antenas de telefonia
móvel, retransmitindo o sinal da operadora em áreas internas. O serviço
deverá entrar em funcionamento a partir de abril, de acordo com o
superintendente de Serviços Privados da Anatel, Bruno Ramos.
“A fentocélula certamente será mais utilizada onde tiver um uso constante e alto, e não deverá elevar custos para os usuários, pois as empresas de telefonia móvel, que deverão gerir o sistema, terão interesse em colocar esse serviço à disposição, pois, quanto mais utilizam seus serviços, mais elas ganham”, explicou Bruno.
Após a audiência pública de hoje, a Anatel receberá sugestões sobre a
proposta de norma para a implantação da fentocélula no país e depois
estabelecerá o regulamento de sua utilização, que ficará a cargo das
operadoras de telefonia. O sistema opera em radiofrequência para
possibilitar acesso à rede por meio de conexão de rede fixa (banda
larga).
As fentocélulas podem ser instaladas em locais como subsolos,
estabelecimentos comerciais e residências, em que o sinal da operadora é
menos potente. O equipamento possibilita o aumento de capacidade da
rede de voz e dados do serviço móvel, melhorando a utilização pelo
usuário. De acordo com Bruno Ramos, a fentocélula tem maior utilização
na Itália e nos Estados Unidos.
Na Itália, o uso do equipamento teve que ser suspenso durante algum
tempo, por haver causado interferência nas redes de telefonia móvel
comuns, fato que a Anatel quer evitar quer ocorra no Brasil com a
regulamentação, segundo Bruno Ramos. Por isso, a agência não permitirá
utilização pelo usuário individualmente, e sim por meio das empresas de
telefonia móvel.
Jorge Wamburg
Repórter da Agência Brasil
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