Em Paulista, adeptos das religiões de matriz africana participam de Seminário sobre legalização alimentar
Foto: Jorge Macrino |
Adeptos das religiões de matriz africana do
município do Paulista participaram na tarde desta terça-feira (31.03) do II
Seminário sobre Legalização e Segurança Alimentar dos Terreiros de matriz
africana. A ação, que aconteceu no Terreiro de Mãe Lúcia de Oyá Togun,
localizado na Rua Paranatama, Janga, foi coordenado pela Secretaria de
Políticas Sociais, Esportes e Juventude do Paulista, através da Gerência de
Igualdade Racial.
Foto: Jorge Macrino |
O encontro serviu para discutir o processo
de fiscalização dos alimentos que são consumidos e utilizados nos terreiros. De
acordo com a representante do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional de
Pernambuco (CONSEA), Rosilene Coutinho, o órgão tem o objetivo de somar e
valorizar ainda mais a cultura do ambiente. “Queremos contribuir realizando
oficinas, palestras e informando os frequentadores sobre as práticas a serem
adotadas no uso dos alimentos. Nosso intuito é associar o nosso conhecimento,
com o deles. Tudo isso sem mexer, nem influenciar na rotina já estabelecida
pelos adeptos da religião,” disse.
“A matriz africana planta, colhe e se
alimenta. Então nada mais justificante do que nos cuidarmos e vivermos bem.
Temos a natureza como um dos pilares da nossa religião, e com isso, acreditamos
que podemos divulgar as políticas públicas através do tema da segurança
alimentar e nutricional dos terreiros. Lidamos o tempo todo com alimentos,
especiarias, entre outros e queremos reforçar e monitorar esses casos de
vulnerabilidade e falta de saneamento presentes em alguns terreiros”, destacou.
O seminário contou com o apoio da Faculdade Joaquim
Nabuco, Movimento Negro Unificado, Comitê Estadual de Promoção da Igualdade
Racial, Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional, Fórum de
Comunidades Tradicionais de Matriz Africana do Paulista e o Conselho de
Igualdade Racial de Caruaru. Atualmente, em Paulista, estão catalogadas 120
casas religiosas de matriz africana.
Com informações da Assessoria de Imprensa da PCP

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