Trabalhadoras rurais participam da Marcha das Margaridas no DF
Cerca de 1.500 trabalhadoras rurais pernambucanas
participam da 5ª Marcha das Margaridas, que acontece nesta quarta-feira
(12), em Brasília, no Distrito Federal. Já na tarde desta terça-feira
(11), as trabalhadoras participaram de painéis temáticos na capital
federal. A abertura oficial do evento aconteceu às 19h, com a
participação de movimentos e organizações de mulheres do Brasil e de
diferentes países, além de representantes do Governo Federal.
A
Diaconia, através da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA) estará
presente com faixas e cartazes pedindo um semiárido livre de violência,
além de ir contra a implantação de cisternas de plástico, em defesa do
P1CM e do P1+2. A jovem Ednaiara Fernanda Galdino, filha dos
agricultores Luís Carlos Galdino, conhecido como “véi” e Maria Leoni da
Silva, representa o Sertão do Pajeú na marcha que tem estimativa de
receber 70 mil mulheres.
Naiara
é estudante de agroindústria e recebeu influência dos pais, que
produzem e comercializam produtos na feira de agroecologia de Afogados
da Ingazeira e Tabira, no sertão pernambucano. Já no Oeste Potiguar, a
Diaconia apoia a ida de 63 mulheres, dentre elas, 22 de Caraúbas (RN) e
três de Umarizal, também no Rio Grande do Norte.
As
mulheres acreditam na possibilidade da construção de um país
sustentável, democrático, justo e igualitário, no campo e na cidade. A
presidente Dilma deve dialogar com as 70 mil mulheres de todo o país, ao
término da marcha, no Estádio Mané Garrincha, onde apresenta os
compromissos do Governo com a pauta das Margaridas.
A
MARCHA - A marcha das margaridas é uma ação das mulheres de campo, da
floresta e das águas, promovida pela Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Agricultura (Contag), e conta com a presença de 27
federações e 11 entidades parceiras, que se consolidou na agenda do
Movimento Sindical de Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais – MSTTR -
e das organizações parceiras – movimentos feministas, de mulheres
trabalhadoras, centrais sindicais e organizações internacionais
Com
sua primeira edição no ano 2000, em agosto, para lembrar o mês em que a
agricultora paraibana de Alagoa Grande, Margarida Alves, foi
assassinada, a Marcha aconteceu também em 2003, 2007 e 2011. Essa
mobilização tem revelado a grande capacidade de organização das
mulheres, que se organizam em todos os estados para marchar nas avenidas
de Brasília. Por seu caráter formativo, de denúncia e pressão, e também
de proposição, diálogo e negociação política com o Estado, tornou-se
amplamente reconhecida como a maior e mais efetiva ação das mulheres no
Brasil.
A
cada edição, a Marcha das Margaridas entrega um documento para o
Governo Federal, contendo sua plataforma política e pauta de
reivindicações, que são objetos de apreciação, negociação e resposta,
por parte do governo.
A
Marcha das Margaridas também elabora uma pauta interna, dirigida ao
MSTTR, com pontos considerados importantes e necessários para a
consolidação de relações mais justas, democráticas e igualitárias dentro
do próprio Movimento Sindical, que resultam no fortalecimento de todas e
todos.
Fonte: ONG Diaconia
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