Camaragibe: MPPE ingressa com ação para que o município recomponha as equipes do Núcleo de Saúde da Família, Consultório de Rua e Academia da Cidade
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) ajuizou ação civil
pública requerendo tutela antecipada de urgência no sentido de que o
município de Camaragibe, através de sua Secretaria de Saúde, recomponha
as equipes do Núcleo de Saúde da Família, Consultório de Rua e Academia
da Cidade de forma a atender satisfatoriamente à população
camaragibense. Em caso de decisão favorável ao pedido, o poder público
terá 72 horas para recompor os referidos serviços de saúde, sob pena de
pagamento de multa diária no valor de R$ 10 mil em caso de
descumprimento.
A notícia da exoneração de 41
profissionais de saúde foi encaminhada ao MPPE por usuários do sistema
de saúde e integrantes do Conselho Municipal de Saúde, em que foi
noticiado a falta de oferta de serviços essenciais na área de saúde.
“É
sabido que a estratégia de saúde da família visa reorganizar a atenção
básica no país, algo que, se bem executado, evitaria que parcela
considerável da população viesse a necessitar de cuidados
especializados, usualmente mais caros e de difícil resolutividade. A
paralisação desses serviços levará ao aumento das enfermidades na
população e no incremento dos custos dos serviços de média e alta
complexidade”, destacaram as representantes do MPPE no texto da referida
ação civil pública.
De acordo com as
Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde e do Patrimônio Público de
Camaragibe, apesar das alegações dos gestores municipais, os programas
Núcleo de Saúde da Família (NASF) e Consultório na Rua contam com
financiamento mediante repasse de recursos federais, sendo R$ 100 mil
mensais para o NASF e R$ 19.900,00 mensais para o Consultório na Rua.
A
analista ministerial em Psicologia Luzinete Barbosa analisou as
informações repassadas pela Secretaria de Saúde de Camaragibe e apontou,
em ofício remetido à Promotoria de Justiça local, que a exoneração das
cinco equipes do NASF representa um grave prejuízo para a população, uma
vez que o serviço realizou, no ano de 2018, uma média de 1.005
atendimentos por mês.
“Existem muitos usuários
que não estão sendo atendidos de forma adequada em suas necessidades, o
que justifica a atuação do MPPE em tentar restabelecer, o quanto antes, o
funcionamento desse serviço”, declarou a psicóloga.
O
Consultório de Rua, por sua vez, é um serviço voltado para acompanhar a
saúde das pessoas em situação de rua; já em relação à Academia da
Cidade, o equipamento urbano localizado no bairro do Timbi encontra-se
em um estado de preservação insatisfatório e, segundo informações dos
moradores, as atividades de educação física e estímulo a práticas
esportivas não estão ocorrendo de forma regular.
DEIXE O SEU COMENTÁRIO