Danilo Cabral defende convocação do ministro da Economia
Com a ausência do ministro da Economia na Comissão de Constituição
e Justiça da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (26), o deputado Danilo
Cabral (PSB) defendeu a convocação de Paulo Guedes para comparecer ao
colegiado. O parlamentar lembrou que, na primeira reunião da CCJ, foi
apresentada a convocação do ministro, que foi transformada em um convite a
partir de uma negociação entre oposição e governistas. “A Câmara fez um gesto
com o ministro, mas ele não honrou sua palavra”, criticou o socialista.
Na avaliação de Danilo Cabral, “a ausência reflete a
desarticulação política do Governo, que não consegue sequer escolher alguém
para relatar a matéria”. O ministro alegou para faltar à reunião por ainda não haver
relator para a proposta. A indicação do relator era esperada para a semana
passada, mas foi adiada. Espera-se que o nome seja escolhido ainda nesta
semana.
O chamado centrão já ameaça desconsiderar a proposta do presidente
Jair Bolsonaro e voltar a discutir a reforma de Temer. “Isso é mais um recado
de insatisfação da base política do Governo. O país está paralisado no debate
estéril das redes sociais. Chegamos ao fim do terceiro mês de Governo sem um
rumo estratégico. A sensação é que estamos atravessando uma tempestade num
barco que está à deriva e com o comandante completamente desorientado”, disse.
Danilo Cabral afirmou que se faz necessária a presença de
Paulo Guedes na Câmara dos Deputados para dar explicações detalhadas sobre a
proposta da Reforma da Previdência. Autor de um pedido de informação ao Ministério
da Economia sobre o texto, protocolado em fevereiro, o deputado afirma que a
pasta deve apresentar, por exemplo, o estudo atuarial que embasou a elaboração
da proposição. “Também precisamos saber impacto orçamentário na redução do
suposto déficit previdenciário, com a alteração nos critérios de concessão dos
benefícios”, disse.
Para Danilo Cabral, o governo alega um rombo de R$ 290
bilhões por ano no sistema previdenciário, mas renuncia a R$ 370 bilhões em
incentivos fiscais anualmente. O parlamentar também questionou quais medidas o
governo vai adotar para cobrar as empresas devedoras ao sistema.
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