Força-tarefa contra o óleo inspeciona orla de Olinda
Para evitar que as manchas de óleo que têm afetado todo o litoral
nordestino sujem os 8km da orla de Olinda, a Prefeitura tem se mobilizado para
definir medidas preventivas. Nesta quarta-feira (23), o prefeito Professor
Lupércio e o vice Márcio Botelho receberam a promotora do Ministério Público de
Pernambuco Belize Câmara para avaliar o que tem sido feito para combater os
vestígios de óleo, caso afete a orla olindense.
A comitiva ainda foi composta por representantes do comitê municipal,
instalado esta semana, envolvendo as secretarias de Meio Ambiente e
Planejamento Urbano, Serviços Públicos, Defesa Civil e Guarda Municipal. O
encontro consistiu numa visita ao quebra-mar localizado na ilhota da praia de
Bairro Novo. Os envolvidos atravessaram, avaliaram a costa e discutiram o que
pode ser feito para combater esse crime ambiental.
Para a promotora Belize Câmara, que atua na 3ª promotoria de Justiça de
Defesa do Meio Ambiente, Urbanismo, Habitação, Patrimônio Histórico e Cultural
de Olinda, o planejamento de ações preventivas são primordiais quando o assunto
é meio ambiente. “Como Olinda ainda não foi atingida, e não se sabe se será, a
organização em torno dessa prevenção é fundamental. O problema daqui são os
diques, mas a prefeitura já está mobilizada e em estado de alerta para que, em
caso de necessidade, tome uma medida rápida”, analisou.
Já o prefeito Professor Lupércio disse que o momento é de atenção, por
isso escolheu ir olhar de perto as praias de Olinda. “Estamos fazendo um
trabalho de sobrevoo com drones para que possamos nos antecipar ao problema. As
equipes de Meio Ambiente, Defesa Civil, Guarda
Municipal e de Serviços Públicos estão prontas para atuar em caso de
necessidade”, ressaltou o chefe do Executivo municipal.
A ação preventiva é necessária por causa da importância de a orla para a
economia do município. De acordo com a Secretaria de Patrimônio, Cultura,
Turismo e Desenvolvimento Econômico de Olinda, a movimentação financeira gerada
pelos bares e restaurantes da orla é de cerca de R$ 150 mil por mês, para cada
empreendimento de grande porte. Já os ambulantes conseguem renda de 2,5
salários mínimos, por mês, com os negócios de sol e mar, além de outros 15 mil
para os barraqueiros.
DRONES - A Secretaria de Segurança Urbana de Olinda iniciou na sexta-feira
(18.10) o monitoramento dos 8km da orla da cidade. O serviço será desenvolvido,
principalmente, nos fins de semana. A proposta é subsidiar a Secretaria
Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano com imagens e informações para
adoção de medidas caso a costa olindense seja afetada pelo problema, que já
atingiu inúmeras praias do Nordeste. Os drones auxiliam na fiscalização das
praias de Del Chifre, Bairro Novo e Casa Caiada e durará o tempo necessário até
a dissipação da substância.
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