Governo fecha parcerias para produção de 19 remédios e duas vacinas
Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
As parcerias envolvem 29 laboratórios (12 públicos e 17 privados) e
contemplam 11 classes terapêuticas de medicamentos, entre elas, contra
asma, contra mal de Parkinson, doenças psiquiátricas, distúrbios
hormonais, câncer, além de antirretrovirais e hemoderivados.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a produção de um
medicamento considerado de última geração indicado para o tratamento da
hemofilia A, o Fator 8 Recombinante. No decorrer dos próximos cinco
anos, a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás)
deverá passar a produzir o remédio, que será usado por cerca de 10 mil
hemofílicos.
De acordo com a pasta, a maior parte dos remédios contemplados nas
parcerias é importada pelo e ofertada no Sistema Único de Saúde (SUS).
No caso do medicamento contra câncer, Docetaxel, e das vacinas
tetraviral e hepatite A, a previsão é que passem a estar disponíveis na
rede pública a partir de 2013.
“Isso significa uma economia de R$ 940 milhões por ano para o
ministério. Esse esforço de economia e de combate ao desperdício permite
incorporar novos medicamentos ao SUS. Saímos de 500 tipos de
medicamentos ofertados em 2011 para mais de 800 em 2012”, disse Padilha.
A pasta analisa ainda a possibilidade de incluir a vacina contra o
vírus do papiloma humano (HPV) no SUS e pediu que laboratórios públicos e
particulares apresentem, até 1º de dezembro, propostas de parceria para
transferência de tecnologia.
Pelos acordos firmados hoje, os laboratórios estrangeiros se
comprometem a transferir aos brasileiros tecnologia para a produção
nacional dos remédios e vacinas, dentro de um prazo de cinco anos. Como
contrapartida, o governo federal vai garantir exclusividade na compra
desses produtos, pelo valores cotados no mercado mundial, durante o
mesmo período.
Com os 20 acordos, completam-se 55 parcerias de Desenvolvimento
Produtivo em vigor no país que possibilitam a produção nacional de 47
medicamentos, cinco vacinas, um contraceptivo, um teste rápido e um
acordo para pesquisa.
Cada parceria é acompanhada e avaliada periodicamente, segundo o
ministério. Caso seja comprovado o descumprimento de alguma etapa
prevista no cronograma de execução, o acordo pode ser cancelado. Em
seguida, o ministério reabre o processo de análise e aprovação de
parceria para a produção do mesmo medicamento.
A estimativa é que as parcerias atuais resultem em uma economia anual aproximada de R$ 2,5 bilhões para os cofres públicos.
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