PSDB tenta alterar na Câmara MP que reduz conta de luz
O partido vai tentar aprovar um destaque na votação prevista para esta
tarde no plenário da Câmara dos Deputados que determina que as
concessionárias que não aderirem às regras da MP possam continuar sob a
vigência das regras anteriores.
Trata-se da emenda 23, que foi apresentada na comissão mista pelo
senador Francisco Dornelles (PP-RJ) e que pretende alterar o parágrafo 7
do artigo primeiro. No texto original do governo, esse dispositivo
prevê que as regras da MP se aplicam a todas as concessionárias, com ou
sem contratos prorrogados.
A emenda de Dornelles, apoiada pelo PSDB, prevê que as regras da MP se
apliquem apenas às concessionárias cujas concessões já foram
prorrogadas. Se for aprovada, uma das principais beneficiárias é a
Cemig, companhia de energia elétrica controlada pelo Estado de Minas
Gerais.
A empresa solicitou a renovação das concessões de 18 hidrelétricas,
ainda que com ressalvas, mas surpreendeu ao não pedir renovação da
concessão de três usinas: São Simão, Jaguará e Miranda.
Em entrevista ao Valor publicada em 15 de outubro, o presidente da
empresa, Djalma Bastos de Morais, justificou essa opção. "Optamos por
continuar com esses ativos até o término de cada concessão nas mesmas
condições vigentes antes da edição da Medida Provisória 579", afirmou.
Segundo ele, a Cemig acredita no seu direito de renovar a concessão
dessas três usinas por mais 20 anos nas mesmas condições vigentes antes
da publicação da MP 579.
As concessionárias de outros Estados governador pelo PSDB, como Paraná e
São Paulo, também adotaram a mesma linha com suas concessionárias.
Em outra emenda, também proposta por Dornelles e destacada pelo PSDB na
votação de hoje, o partido tenta acrescentar um parágrafo no artigo 12,
que trata da antecipação dos efeitos da prorrogação.
A emenda visa garantir que os compromissos anteriores assumidos pelas
concessionárias nessa questão devam ser respeitados e adequados às novas
regras previstas na MP.
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