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Neurociência será usada em treinamento para aprimorar atletas de tiro esportivo


Os atletas brasileiros do tiro esportivo poderão contar com mais um importante auxílio para melhorar seu desempenho. Entre os dias 29 de janeiro e 3 de fevereiro, durante o primeiro Treinamento Centralizado de 2013 (TC1), no Rio de Janeiro,  eles poderão participar de um exercício com Neurofeedback (NFB). A avaliação será conduzida pelo psicólogo e pós-graduando em Neurociências Aplicadas Silvio de Aguiar Carvalho, e tem como objetivo identificar as áreas do cérebro utilizadas pelos atletas na prática do esporte e melhorar o desempenho de alto rendimento.

O NFB consiste em uma avaliação da atividade cerebral do atleta em seis regiões e em situações específicas. Após isso, são identificadas as áreas cerebrais do atleta que precisam ser trabalhadas e é elaborado um programa individual de treinamento. “Os atletas brasileiros do judô em Londres tiveram uma experiência rápida com o processo, mas essa é a primeira vez que este tipo de treinamento será utilizado pelos atletas do tiro esportivo. O processo já é bastante utilizado no exterior e apresentou resultados importantes em um período curto de tempo”, afirma Silvio, que conta ainda com sua experiência como atleta no estudo: ele representou o Brasil nos Jogos Olímpicos de Moscou (1980) e de Los Angeles (1984), também no tiro esportivo, e atua como técnico da modalidade desde 2004.

“Se você analisar os 30 melhores do mundo no tiro esportivo, por exemplo, o nível técnico é praticamente o mesmo. O que diferencia o desempenho dos atletas em competições é a capacidade de reproduzir os resultados dos treinamentos. Muitas vezes o atleta não chega a um resultado porque está ansioso ou não consegue se concentrar. Esse treinamento visa trabalhar também a parte psicológica, que reflete diretamente no alto rendimento” ressalta o psicólogo.

O treinamento é elaborado com base no conhecimento de condicionamento operante, em que inconscientemente o cérebro oferece uma resposta para alcançar um benefício. Assim, a experiência é desenvolvida com vídeos e áudios que se tornam agradáveis a cada resposta positiva da atividade cerebral.

Segundo Silvio, a técnica já é utilizada por atletas de elite nos principais centros de treinamento do mundo: o ucraniano Serguei Bubka, do salto com vara, é um dos pioneiros na utilização do NFB, e o primeiro medalhista da Índia em Jogos Olímpicos no tiro esportivo também teve experiências com a técnica. “O ideal é que o treinamento dos atletas de alto rendimento seja psicofisiológico e o NFB é o mais próximo que temos disso”, completa o psicólogo.

Experiência brasileira
A atiradora Roberta Boldrini já participou da avaliação e de duas sessões do NFB. Ela afirma que o processo veio para complementar o treinamento. “Com poucas sessões já notei diferença, principalmente na concentração. No tiro precisamos ter muita atenção e espero que, ao final do treino, consiga me concentrar por mais tempo e melhorar a minha segurança”, ressalta a atleta. “Esse é o início desse trabalho, que tem como objetivo desenvolver as áreas cerebrais de interesse para o esporte”, finaliza Silvio.
Paula Braga
Foto: Divulgação
Ascom – Ministério do Esporte

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