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À beira do campo, 'maestro' Felipão rege e contagia a 'família' rumo à final

Técnico fica a maior parte do tempo em pé, acompanha lance a lance de perto e transforma um Brasil antes duvidoso em, mais uma vez, vencedor

O jogador da seleção brasileira que olhasse de dentro do campo para o banco de reservas durante o duelo entre Brasil e Uruguai nesta quarta-feira, em Belo Horizonte, não pensaria duas vezes para dividir uma bola. A vibração e a participação de Felipão contaminavam. Tal como um maestro, o técnico regeu, à beira do campo, o tom dos 90 minutos no Mineirão, na semifinal da Copa das Confederações.
- A minha participação é a que sempre tive. Eu vibro, participo, eu gosto. Recebi agora pouco um elogio do Marco Aurélio Cunha (ex-dirigente do São Paulo). Ele me disse que a vibração da comissão técnica e dos jogadores faz com que ele sinta orgulho da Seleção. Isso é um elogio - disse o técnico.
Felipão entrou em campo sorrindo, depois de cumprimentar o técnico do Uruguai, Óscar Tabárez. Mas não foi tão fácil ver os dentes do treinador da seleção brasileira durante o primeiro tempo. A forte marcação do adversário incomodou quem estava em campo e também àqueles que olhavam do banco de reservas.
Não à toa, Felipão levantou com apenas cinco minutos de bola rolando e foi para a área técnica. De braços cruzados e olhando no relógio o tempo todo, o técnico da Seleção esperava um ataque do Brasil. Demorou. Antes disso, surgiu um pênalti para o Uruguai – David Luiz puxou Diego Lugano na grande área.
Chateado, o pentacampeão se escorou no teto do banco de reservas, abriu os braços, lamentou. Mas a defesa de Julio César na cobrança de Forlán foi comemorada por Scolari como se fosse um gol. Segundos depois, ele se dirigiu ao quarto árbitro e reclamou. Algo que o treinador fez esporadicamente no jogo.
Felipão comemoração Brasil Uruguai (Foto: Getty Images)Perto de Neymar, a euforia do 'maestro' Felipão com gol brasileiro: vitória chega com suor (Foto: Getty Images)
Participativo, Felipão andou de um lado para o outro na área técnica. Como se tivesse pedindo a bola, acompanhando lance a lance. Voltou para o banco aos 23 minutos. Sentou e ficou calado. Mas durou pouco. Um minuto depois, o comandante verde e amarelo estava de novo dando instruções.
Aliás, irritou-se com a falta de entendimento dos jogadores e voltou novamente ao banco, reclamando. Ficou lá por cinco minutos. E quando voltou, teve a chance de ver, de pé, com ótima visão, o gol marcado por Fred. Na comemoração, punhos cerrados para cima e um olhar para a torcida mineira.
Felipão, no entanto, teve motivos de sobra para se irritar logo no início do segundo tempo. Principalmente depois do passe errado de Thiago Silva, dentro da área, que originou o gol de empate do Uruguai. "Dá um bico!", reclamou. Intercalando as mãos nos bolsos com os braços cruzados, o técnico andou para lá e para cá pensando numa alternativa.
Mosaico Felipão jogo Brasil Uruguai (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)Tenso no início, Felipão, depois já de pé, orienta Neymar e Hulk. Tal como um maestro, vibra com a harmonia da equipe que termina em gols e vai abraçar Paulinho, o herói da partida (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)
Pediu insistentemente para a seleção brasileira avançar e acionar mais Neymar. Resolveu, então, atender a um pedido recorrente da torcida mineira: Bernard. Ao fazer o sinal para o atacante do Atlético-MG deixar o aquecimento e partir para o campo, Felipão levou os torcedores à loucura.
Felipão comemoração Brasil Uruguai (Foto: Reuters)Felipão com punhos cerrados da vitória (Foto: Reuters)
Com Bernard em campo, o técnico da Seleção viu o time mais adiante, como queria. O garoto abriu mais espaços e acelerou a partida. Mas a agitação de Felipão à beira do campo era o reflexo da dificuldade que o Brasil enfrentava. Ele não conseguia mais sentar no banco de reservas. Estava agitado.
E também não sentaria mais. Não depois de Neymar bater escanteio com perfeição e a bola encontrar a cabeça de Paulinho, o volante-artilheiro: 2 a 1. Como um guerreiro, Felipão cerrou novamente os punhos, levantou os braços para cima e gritou. Gritou como quem está na final da Copa das Confederações. Depois, reconheceu ter vivido uma das partidas mais tensas e emocionantes de sua carreira. E fez questão de aumentar a família Scolari na hora de dividir os méritos do triunfo.
- Nos últimos dez anos, depois da Copa do Mundo, acho que foi o jogo mais emocionante. Posso me lembrar de um Coritiba e Palmeiras, na Copa do Brasil, mas hoje os jogadores fizeram pela torcida. Ela foi fundamental, fez com que a gente superasse as dificuldades. Foram os torcedores que carregaram o time. É bom saber que Belo Horizonte também nos recebe de forma calorosa.
Fonte: GloboEsporte.com

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