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Foto: Silvia Morais/Especial para o NE10
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O torcedor do Santa Cruz está absoluta e justamente confiante na volta para a Série B. Claro: o time venceu, fora de casa, o Betim e saiu na frente na vaga pelo acesso. Dentro de casa, no Arruda lotado, terá apenas de empatar o jogo para se classificar. Se perder por 1 x 0, ainda leva aos pênaltis. Mas, se há vários motivos para acreditar, também existem razões para manter-se atento. Confira, abaixo, uma lista de cinco motivos para crer - e cinco para desconfiar. Alguns deles, notem, são duas faces de uma mesma moeda. Acompanhe.
Para acreditar:
Não há como imaginar que o Arruda não receberá 60.000 tricolores dispostos a incentivar o Santa Cruz do começo ao final do jogo. A torcida coral já costuma chegar junto e é conhecida como uma das mais fieis do país - imaginem, então, no jogo mais importante da equipe nos últimos sete anos? O clichê é válido: o estádio vai ficar pequeno. E o time de Vica terá uma peça importante para a vitória.
Jogar em casa com a pressão de reverter um resultado é perigoso. Com o passar do tempo, se o time não faz o gol, o relógio começa a correr mais rápido - e a pressão a tomar conta. O Santa Cruz, tendo vencido fora de casa, não precisa passar por isso. Claro que manter o empate até o fim será um jogo de nervos, mas a igualdade favorece a Cobra Coral.
Foram grupos diferentes, mas Santa Cruz e Betim se classificaram em situações opostas. O Tricolor garantiu vaga no mata-mata com uma rodada de antecedência. E, mesmo perdendo o último jogo, classificou-se como líder da chave A. O time mineiro, por outro lado, só chegou às quartas de final na última rodada. E na última posição do grupo. O retrospecto na competição, portanto, é também favorável à cobra coral.
- Histórico nas últimas decisões
O Santa Cruz tem ido bem nas decisões. Descontado um ou outro tropeço - queda para o Penarol, por exemplo-, a Cobra Coral venceu ou mostrou bom futebol nas últimas partidas eliminatórias. O torcedor coral pode lembrar, por exemplo, as três finais seguidas diante do Sport, ou a vitória sobre o São Paulo no Arruda, pela Copa do Brasil.
Há mudanças em algumas posições, mas uma parte do time tricolor está junto há um bom tempo. Jogadores como Tiago Cardoso, Éverton Sena, Renatinho, Natan, Dênis Marques, Caça-Rato, Tiago Costa, Sandro Manoel já estão no Santa Cruz há um bom tempo. Mais do que isso: eles formam um grupo vencedor. Não apenas pelos três estaduais em sequência, mas, também, pelo acesso à Série D (em que parte do elenco participou).
Para ligar o alerta:
É o grande adversário do Santa Cruz. Com tudo muito favorável, a equipe tricolor corre o risco de, inconscientemente, subir no salto alto diante do Betim. A torcida acredita muito, a imprensa aposta - mas o time não pode entrar no clima de "Já ganhou" e aceitar o "oba-oba". A soberba, bem sabemos, é o prenúncio do fracasso.
Aqui, cabe uma explicação. O técnico Vica é uma das partes mais importantes do time. Depois de sua chegada, o Santa Cruz cresceu muito e adquiriu uma forma de jogar. Entra na lista "negativa", no entanto, por ter se dado mal em uma situação semelhante no ano passado. Favorito com o Fortaleza, foi desclassificado pelo Oeste, dentro de casa. Há um alento, contudo: o treinador garante que aprendeu a lição e deve conter a euforia dos atletas.
De um tempo para cá, como você viu nos motivos para acreditar, o Santa Cruz tem ido bem. Mas num passado não tão distante, as desclassificações no Arruda tornaram-se relativamente frequentes. Que torcedor não lembra, por exemplo, das eliminações diante de CSA e Central? Ou da derrota para o Fortaleza, pela Copa do Nordeste, ainda neste ano? É preciso ficar "de olho".
- Bom retrospecto do Betim fora de casa
O Betim é um time perigoso longe de Minas Gerais. Não perde fora de casa há quatros jogos. Nesse período, foram dois empates e duas vitória. O detalhe é que os dois triunfos foram por um resultado que, se repetido no Arruda, eliminaria o Santa Cruz: 2 x 1 sobre Guarani e Caxias.
O 1 x 0 fora de casa , claro, foi ótimo para a Cobra Coral. Vencer nos domínios do adversário é sempre importante. O problema é que não dá para "sentar" no resultado de ida. A vantagem é boa - mas não é enorme. Um triunfo simples do ex-Ipatinga e pronto... A decisão vai para os imprevisíveis pênaltis.
Fonte: Blog do Torcedor
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