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Ventilador desaba sobre feras

Hugo ficou com o pescoço arranhado / Foto: Guga Matos/JC Imagem
Hugo ficou com o pescoço arranhado
Foto: Guga Matos/JC Imagem

O segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no domingo passado, foi um pesadelo para o estudante Hugo Henrique de Souza Borges, 22 anos. Uma hora e meia depois de começar a prova, no Colégio Mickey, localizado no bairro Caetés, em Abreu e Lima, Grande Recife, um ventilador de teto da sala de aula despencou e atingiu o estudante.

O aparelho estava ligado no momento do acidente. Hugo Henrique sofreu um ferimento no pescoço. Segundo ele, uma menina, não identificada, que estava sentada na cadeira ao lado, também foi atingida no peito por uma das paletas do ventilador. Os dois foram atendidos por uma equipe do Samu e conseguiram terminar a prova, mesmo em estado de choque.

Para Hugo, o acidente comprometeu o rendimento dele no exame porque perdeu mais de uma hora até ser atendido pelo Samu e orientado a voltar à sala para terminar a prova. "Eu senti uma pancada forte e só entendi o que estava acontecendo depois que eu vi o ventilador amassado no chão e muito sangue escorrendo pelo meu pescoço. Fiquei muito tonto depois disso e não consegui mais me concentrar. Eu não sabia mais o que fazer, se terminava a prova ou não, nem quem procurar. Me senti lesado de alguma forma", contou. Ele não conseguiu responder todas as questões da prova.

Segundo o estudante, o fiscal da sala foi quem chamou o Samu, que demorou para chegar ao local e só fez limpar os ferimentos dele e da garota também atingida. "Os agentes do Samu disseram que não viam necessidade de nos encaminhar para um hospital. Nós não tínhamos mais o que fazer e voltamos para a sala. A menina estava abalada e não conseguia parar de chorar fazendo a prova."

A família de Hugo procurou um advogado para pedir orientações sobre a possibilidade de mover alguma ação jurídica. "Ele sofreu danos físicos e morais. Aconselhamos ele a prestar queixa em uma delegacia para depois ver a possibilidade de uma ação competente na Justiça. Ele perdeu tempo, não teve condições de terminar o exame como deveria e se prejudicou", explicou o advogado José Padilha.
De acordo com ele, a responsabilidade do acidente pode ser do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que organiza o Exame, já que o Colégio Mickey apenas cedeu o prédio. Nenhum funcionário do colégio quis comentar o acidente.

O Inep informou por meio de nota que o incidente foi registrado na ata de sala pelo fiscal e que ainda vai avaliar o caso do estudante.

Fonte: NE10

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