PSB e PPS anunciam início do processo de fusão
Dirigentes do PSB e do PPS anunciaram hoje (29), o início da fusão
das duas legendas e informaram que o processo será consolidado, no
máximo, em 60 dias. Em entrevista à imprensa, os presidentes do PSB,
Carlos Siqueira, e do PPS, deputado Roberto Freire (SP), acompanhados de
lideranças nacionais e de parlamentares, garantiram que a nova legenda
não será aliada do governo, mas atuará como uma nova alternativa na
política nacional.
Segundo Roberto Freire, as duas legendas
começaram a discutir o processo de fusão na pré-campanha de Eduardo
Campos à Presidência da República. “Temos muito em comum com o PSB,
estivemos juntos em muitas lutas, mas esta não é uma homenagem ao
passado, mas sim ao futuro, pois o Brasil atravessa uma crise grave e
busca alternativas; queremos construir o novo”, disse.
Carlos
Siqueira informou que a nova agremiação manterá a sigla PSB, com o
número 40, disputará as prefeituras de todas as capitais e de quase
todos os municípios, no ano que vem. “Talvez os grandes partidos não
tenham tantos bons nomes para lançar candidatos como nós temos”.
Siqueira disse ainda que aguarda a filiação da senadora Marta Suplicy e
anunciou que ela deverá ser a candidata do partido na disputa da
prefeitura de São Paulo.
Dentro da Executiva Nacional do PSB
houve um voto contra a fusão. No PPS todos votaram a favor da medida, de
acordo com Siqueira. Segundo ele, a intenção das duas legendas é não
tardar com os procedimentos da fusão, por exemplo, a realização de
congressos dos partidos para aprovar a medida e solucionar questões
burocráticas.
A nova legenda nascerá com 45 deputados federais;
oito senadores, contando com a entrada da ex-prefeita de São Paulo Marta
Suplicy; três governadores; 92 deputados estaduais; 588 prefeitos,
sendo quatro de capitais; 5.832 vereadores; e 792 mil filiados.
Roberto
Freire disse que o fato de não haver nenhuma reforma política
implantada e a premência do prazo para a definição de partidos e
candidatos às eleições municipais do ano que vem apressou o início do
processo de fusão. “Temos uma história de lutas em comum, pela
democracia, pela anistia, para corrigir rumos do Brasil e também uma
perspectiva que precisa ser construída para um país que está pedindo um
novo rumo”, ressaltou.
Fonte: Agência Brasil
Foto: Internet
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