Governadores nordestinos se unem na cobrança de temas importantes para a região
Os
nove governadores do Nordeste se reuniram nesta quarta-feira (06.02),
no escritório de representação do Ceará, em Brasília, para discutir
temas que consideram fundamentais para os próximos quatro anos. Entre
eles, o Pacto Federativo, a necessidade do debate mais amplo sobre a
Reforma da Previdência e os projetos de Lei apresentados para a
segurança pública, além da proposta do novo Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (Fundeb). Ao final, foi divulgada uma carta com os pontos
discutidos.
“O
Pacto Federativo é uma agenda que todos os governadores e prefeitos têm
interesse em debater. Todos nós queremos que haja um debate federativo
muito mais forte e que a gente tenha muito mais instrumentos para poder
governar. O Brasil voltou a ter uma concentração de recursos muito
grande nos últimos anos. Isso enseja realmente uma discussão, e o
primeiro ano de governo é um momento importante e para discussões como
essa”, destacou o governador Paulo Câmara, após o encontro.
Visando
a busca de soluções imediatas para os déficits existentes no setor, os
governadores avaliaram como imprescindível o “debate cuidadoso” sobre a
Reforma da Previdência. Mas registraram preocupação com medidas que
impeçam o acesso dos mais pobres a direitos fundamentais de natureza
previdenciária, no campo e nas cidades.
Em
relação à necessidade de um debate mais amplo sobre os projetos de Lei
para a segurança pública, a carta aponta como vital o cumprimento das
regras do Sistema Único de Segurança Pública e do Fundo Nacional de
Segurança Pública. De acordo com o documento, assuntos como a ampliação
de penitenciárias federais em todos os Estados, o controle das
fronteiras internacionais, o combate ao tráfico de armas e ao comércio
ilegal de explosivos são urgentes e têm impacto real.
“Questões
como a cessão onerosa, relativo a petróleo, bônus de assinatura, a
securitização da dívida dos Estados e a cobrança das dívidas são temas
que não podem ficar secundarizados. A agenda dos Estados tem tanta
relevância quanto a apresentada pelo Governo Federal, porque impacta no
direito e no dia a dia dos cidadãos e das cidadãs, não só do Nordeste,
mas de todo o Brasil”, afirmou o governador do Maranhão, Flávio Dino.
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