Sulanqueiros com R$ 300 mil em notas fiscais falsas têm mercadorias apreendidas pela Secretaria da Fazenda
Na
madrugada desta terça-feira (02/04), em operação da Secretaria
Estadual da Fazenda no Posto Fiscal da cidade de Ibó, Sertão do Estado,
que faz divisa com a cidade de Salgueiro, foram apreendidos cinco ônibus
que transportavam mercadorias adquiridas nos polos de confecções do
Agreste. A ação, resultado de um trabalho iniciado pela SEFAZ-PE desde
fevereiro de 2019, identificou uma grande quantidade de mercadorias de
“sacoleiros” circulando com notas fiscais supostamente emitidas por
empresas da Paraíba e Ceará, destinadas a outros estados do Nordeste
como Maranhão e Piauí.
Na
abordagem dos veículos, realizada pelos auditores da Fazenda, foi
identificado grande quantidade de mercadorias acobertadas por notas
adquiridas nas feiras dos Polos de Confecções do Agreste, fortalecendo a
suspeita de esquema envolvendo a emissão de NF’s fabricadas com dados
de empresas laranjas de outros estados, para acobertar as mercadorias
adquiridas pelos sacoleiros no Polo de Confecções do Agreste, sem
pagamento dos 2% devidos de Tributação para Pernambuco.
De
acordo com o coordenador da Área Tributária da SEFAZ-PE, Anderson de
Alencar Freire, a apreensão ratificou a suspeita da Fazenda sob as
quedas de recolhimento oriundos das operações com Sulancas realizadas
por sacoleiros de todo o país nos Expressos da Moda do Agreste, de quase
50%, durante o mês de março: “ É uma velha prática de sonegação, com o
objetivo de minar nossa Política Tributária voltada para a
desburocratização e competitividade desse segmento que envolve
sacoleiros vindos de todas as regiões do país e que sobrevivem desse
comércio”, explicou.
O
diretor geral da II Região Fiscal Daniel Aquino, explicou que esse tipo
de ação ilícita que comercializava notas fiscais de empresas laranjas
de dentro do Estado com cobranças de 5% do valor das mercadorias, foi
minada há quase dois anos com a adoção de uma politica tributária
austera voltada ao combate da sonegação e da concorrência desleal, além
da manutenção da atratividade e competitividade do polo pernambucano.
“Eles agora tentam retornar vendendo notas, cobrando 1% dos sacoleiros e
utilizando dados de empresas laranjas de outros Estados, que não podem
ter suas inscrições canceladas pela SEFAZ/PE”, reclama Aquino.
Números - Durante
a apreensão dos cinco ônibus, foram apreendidos R$ 600 mil em
mercadorias, sendo a metade delas (R$ 300 mil), com notas fiscais
fictícias, que foram autuadas e as mercadorias só terão saída com Notas
Fiscais Regulares emitidas pela SEFAZ PE. A prática ilícita e
criminosa, configurou a apreensão realizada na terça em Salgueiro, que
transformou um recolhimento dos sacoleiros que seria de R$ 6 mil para
R$ 300 mil em produtos adquiridos nos Expressos da Moda e cerca de R$ 80
mil, em impostos e multa, explica o diretor de Postos Fiscais e
Controle das Fronteiras, Wiliams da Rocha Silva.
O
próximo passo da SEFAZ-PE está na investigação e desarticulação desta
quadrilha de vendas de notas que opera no Agreste, juntamente com a
Delegacia de Crimes Contra a Ordem Tributária.
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