Agência Americana investe US$ 1,3 milhão para estudos de eficiência energética e de automação na Compesa
Em
busca de novas soluções de eficiência energética e de tecnologias de
automação para a operação dos sistemas de abastecimento de água, a
Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) firmou um convênio de
cooperação técnica com a Agência Americana de Comércio e Desenvolvimento
(United States Trade and Development Agency – USTDA) para elaborar
estudos a partir das suas maiores unidades consumidoras de energia
elétrica. O convênio prevê o investimento de US$ 1,3 milhão ( R$ 5,2 milhões na cotação de hoje (28), recursos da Agência Americana, sem contrapartida financeira da Compesa.
A
conta de energia representa um dos maiores custos para a companhia, e
grande parte desse consumo se dá nas estações estações de bombeamento de
água que compõem os sistemas que abastecem 173 municípios operados pela
Compesa em Pernambuco. Para o estudo, foram selecionadas as 33 maiores
unidades consumidoras da Compesa no estado, que respondem por cerca de
50% da fatura de energia da companhia. Na Região Metropolitana do
Recife, estão incluídas as unidades de bombeamento de água bruta da
Barragem de Pirapama, no Cabo de Santo Agostinho, da Barragem de
Tapacurá, em São Lourenço da Mata, e Monjope, Arataca e Catucá, em
Igarassu. Do interior de Pernambuco, serão estudadas as estações
elevatórias do Sistema Prata, em Bonito, e da Adutora do Oeste, no
município de Orocó.
A
USTDA publicou os editais para que empresas americanas possam
encaminhar suas propostas de estudos de viabilidade dos projetos até o
dia 28 de junho. “O consumo de energia é um dos maiores desafios que
enfrentamos. A nossa expectativa é reduzir em até 15% o consumo de
energia elétrica, e colocar em prática, esses projetos que trarão novas e
diferentes soluções tecnológicas, como a implementação de escala de
operação mais eficiente, implantação de drives de frequência variável ou
de equipamentos que permitam realizar a compensação de energia com
geração distribuída”, explica Ricardo Barretto, diretor de Novos
Negócios da Compesa.
A
cooperação técnica também prevê a contratação de uma consultoria para
elaborar um planejamento (Roadmap) para automação e implantação em 10
anos. Esse projeto refere-se a um Sistema de Água Inteligente (Smart
Water Utility), que inclui proposições de novas tecnologias de sensores e
atuadores e aplicações de ferramentas inteligentes para suporte a
tomada de decisão. “Esse estudo não está limitado a automação de
unidades operacionais, a visão é bem mais ampla. Espera-se que esse
sistema seja capaz de impactar na melhoria da eficiência da produção de
água e na redução de perdas, aumentando a oferta na distribuição e
melhorando a qualidade do serviço prestado à população, com maior
continuidade do abastecimento”, explica Ricardo Barretto, lembrando que
esse trabalho junto à USTDA, iniciou no final de 2017, quando companhia
recebeu missões da The Innovation Network, que foi contratada para
assessorar empresas brasileiras na formalização de propostas para
financiamento de projetos à agência americana.
No
Brasil, além da Compesa, apenas a Sanepar, no Paraná, realiza um modelo
de cooperação semelhante, no caso, voltado para estudos sobre reuso de
água.
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