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Profissionais de saúde do Paulista participam de seminário sobre hanseníase

Para finalizar as atividades do Janeiro Roxo, mês dedicado à conscientização da hanseníase, foi promovido nesta quinta-feira, no Cine Teatro do Hospital da Mirueira, o seminário “Hanseníase, um desafio milenar”, que contou com a participação de 120 profissionais de saúde.  A iniciativa faz parte de uma ação conjunta entre o Estado e as secretarias municipais de Olinda e Paulista, e tem como objetivo atualizar sobre o manejo da hanseníase.
Uma das palestrantes foi a doutora Mecciene Mendes, que aproveitou o momento para falar sobre a conduta clínica da doença.  “A hanseníase, conhecida como lepra, é uma doença infecciosa e provada por uma bactéria. Além disso, é a doença mais antiga da humanidade, onde na época a doença era atribuída como castigo divino. Baseados nisso, o profissional tem que ter um olhar mais humano, livre de preconceito e voltado para os sintomas relatados pelo paciente para que identifique o quanto antes a doença”, ressaltou a médica.
Além do tema mencionado, também foram abordados, a situação Epidemiológica da Hanseníase em Pernambuco, com a Dra. Débora Amaral; o Panorama do Sanatório Padre Antônio Manoel (Hospital da Mirueira), com o Dr. José Carlos Rosa; e o Grau de Incapacidade na Hanseníase, com a Dra. Ana Júlia Lorena.
O médico da rede municipal do Paulista, Miguel de Souza, já atendeu muitos pacientes com Hanseníase.  Para ele, o momento de hoje serve de reforço para atualização da doença. ”Mesmo sendo uma doença milenar, ainda temos certa dificuldade para fazer o diagnostico, então quanto mais conhecimento, maior a facilidade para identificar a hanseníase”, disse.
Se você tem dores nos nervos, nos braços e nas pernas, não sente dor quando corta ou queima, está com caroços no corpo, manchas brancas ou avermelhadas dormentes e partes do copo com formigamento ou dormência, pode ir à unidade de saúde mais próximo da sua residência para analisar esses sintomas.
A ação contou com a presença do Centro Social da Mirueira e o Movimento de Reintegração Das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (MORHAN).
ONDE PROCURAR AJUDA - O diagnóstico, tratamento e reabilitação para hanseníase por demanda espontânea são feitos na Unidade de Saúde da Família, e em Policlínicas municipais. Além desses locais, o Hospital Geral Otávio de Freitas, o Hospital Geral da Mirueira e o IMIP fazem o diagnóstico através de encaminhamento. Segundo o Ministério da Saúde, atualmente, o Brasil é o segundo país com mais casos novos da doença, atrás somente da Índia. Por ano, são registrados cerca de 30 mil casos nos estados brasileiros, incluindo adultos e crianças.

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