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Valério afirma que BB cobrava 'pedágio' de agências para o PT, diz jornal

Empresário Marcos Valério, condenado no processo do mensalão O publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como operador do mensalão, afirmou em depoimento à Procuradoria-Geral da República, em setembro, que dirigentes do Banco do Brasil cobravam uma espécie de "pedágio" às agências de publicidade que prestavam serviços à instituição financeira, segundo reportagem publicada na edição desta quarta-feira (12) do jornal "O Estado de S. Paulo".
Entre 2003 e 2005, 2% dos contratos com as agências -entre elas a DNA Propaganda, de Valério- eram enviados para o caixa do PT, informa o jornal. O repasses podem ser superiores a R$ 400 milhões em contratos entre agências e banco. Isto indica que os desvios podem ser maiores que levaram a condenação a 40 anos de prisão do publicitário no STF (Supremo Tribuna Federal). Segundo as investigações, a Procuradoria rastreou quase R$ 74 milhões em desvios do Fundo Visanet, que integrava o BB.
O Banco do Brasil afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não irá comentar o caso.
"O Banco do Brasil informa que prestou todas as informações solicitadas às autoridades competentes pela investigação dos fatos, assim como realizou auditoria interna e encaminhou a conclusão ao Supremo Tribunal Federal. Todas as agências de publicidade que atendem o Banco do Brasil são contratadas por licitação", segundo nota do banco.
Ontem, o "O Estado de São Paulo" também informou que no mesmo depoimento Valério disse à Procuradoria que o esquema do mensalão ajudou a pagar despesas pessoais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2003.
REVELAÇÕES DE VALÉRIO
O empresário, segundo o jornal "O Estado de São Paulo", afirma ainda que o ex-presidente Lula deu aval para os empréstimos que serviriam de pagamentos a deputados da base aliada.
Isso teria ocorrido em reunião no Palácio do Planalto com a presença do ex-ministro José Dirceu e do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.
Dirceu teria dito que Delúbio, quando negociava, falava em seu nome e no de Lula. Procurado pelo jornal, o advogado de Dirceu negou a acusação.
Em setembro passado, Valério havia procurado o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmando ter novas informações a apresentar sobre o caso do mensalão.
De acordo com o que a Folha apurou, um depoimento do empresário mineiro foi prestado na ocasião às procuradoras Raquel Branquinho e Cláudia Sampaio --esta última mulher de Gurgel.
Uma possível estratégia de Valério seria buscar, com eventuais novas informações, a sua inclusão no programa de proteção a testemunhas, o que, na prática, poderia reduzir a sua pena no julgamento do Supremo. A redução da pena não evitaria sua condenação, mas, por exemplo, poderia livrá-lo do regime fechado na prisão.
O empresário foi condenado a mais de 40 anos por formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato e lavagem de dinheiro. Como a soma supera oito anos, o empresário deve cumprir parte da pena em regime fechado.
No mesmo depoimento, Valério teria dito que os R$ 4 milhões pedidos por seus advogados para defendê-lo no processo foram pagos pelo PT. Segundo ele, essa foi a única "contrapartida" por sua participação no mensalão.
AMEAÇAS
No fim de setembro, o STF recebeu um fax, assinado pela defesa do empresário Marcos Valério, pedindo para ser ouvido e relatando correr risco de vida.
Ao receber o recado, o presidente da corte, ministro Carlos Ayres Britto, determinou sigilo e encaminhou o documento ao relator do caso, Joaquim Barbosa.
O STF confirmou ter recebido a mensagem, mas não divulgou o conteúdo, quem assinou, nem mesmo em que data a mensagem chegou.
Valério teria dito, em seu depoimento à Procuradoria-Geral, que o diretor do Instituto Lula e amigo do ex- presidente, Paulo Okamotto, teria o ameaçado de morte, caso ele "contasse o que sabia". Segundo o empresário, Okamotto o teria procurado por ordem de Lula.
"Tem gente no PT que acha que a gente devia matar você", teria dito Okamotto. Procurada pelo jornal, a assessoria do diretor informou que ele responderá às acusações "quando souber o teor do documento". Com informações da Folha de São Paulo

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