Assistência Social do Paulista realiza paralisação devido à falta de aporte financeiro do Governo Federal
Os profissionais que atuam no
setor de assistência social no município do Paulista estão realizando, nesta quarta-feira
(08.05), uma paralisação devido à falta de repasse de recursos financeiros de
responsabilidade do Governo Federal para investimentos no setor.
O ato em protesto evidencia o
descontentamento dos servidores e das pessoas assistidas pelos programas
sociais com a falta de atenção que a União tem dado às políticas públicas voltadas
a este segmento. A dona Maria do Carmo, mãe do jovem José Carlos Rodrigues de
Lima, assistido pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), fez questão de
demonstrar sua revolta com o que está acontecendo.
“Meu filho possui paralisia
cerebral e esse corte de recursos para às pessoas com deficiência representa o
caos para a gente. Meu marido faleceu há quatro anos e o único benefício que
temos é a da LOAS. Por isso eu gostaria de saber o que devo fazer agora, já que
eu não posso trabalhar porque tenho que tomar conta do meu filho”, relatou
Maria, destacando que a escola em que seu filho estuda (própria para as pessoas
portadoras de deficiência), pode ser fechada caso a situação não se resolva.
De acordo com a Prefeitura do
Paulista, desde o mês de novembro, que o Governo Federal não realiza o aporte
financeiro para os Programas Sociais voltados à proteção básica e especial dos
beneficiários inscritos no CadÚnico. O valor já chega a R$ 1 milhão de reais.
“Hoje, estamos protestando contra
o atraso do repasse dos recursos financeiros para a assistência no Paulista, e
também porque houve um corte de mais de R$ 1,7 bilhão da assistência em todo o
país. É evidente que um desmonte está acontecendo nos programas sociais, nas
políticas voltadas às pessoas que recebem o Benefício de Prestação Continuada
(BPC). Por isso não podemos ficar calados, o Governo Federal precisa
regularizar a transferência dos recursos”, afirmou o secretário de Políticas
Sociais e Esportes do Paulista, Augusto Costa.
Atualmente, a gestão municipal arca
com 60% das despesas relacionadas às atividades dos Centros de Referências e
Assistências Sociais (CRAS) e dos Centros de Referências Especializados de
Assistências Sociais (CREAS). Os demais 40% que é de responsabilidade do Governo
Federal estão fazendo falta na manutenção dos serviços.
“Na verdade, o que está
acontecendo aqui hoje é um grito de alerta. Não podemos deixar que os recursos
federais que tanto nos ajudam a cuidar das pessoas, sejam cortados. Precisamos
unir forças nesse momento para cobrar da União, que é quem detém a maior parte
da riqueza do nosso país, o aporte financeiro, para que o município possa dar
cada vez mais assistência aos menos favorecidos”, concluiu Francisco Padilha, Chefe
de Gabinete do Paulista que estava representando prefeito Junior Matuto no ato.
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